
FELISE: a literatura toma conta de Seabra entre os dias 7 e 8 de novembro
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Na cidade de Seabra, situada no coração da Chapada Diamantina, ganha forma algo que vai além de uma simples feira de livros: trata-se de um encontro entre leitura, identidade local e formação cultural.
Por Gabriela Medeiros*
A Feira Literária de Seabra (FELISE) promete ser um marco no calendário cultural. É nesse contexto que a cidade vai se tornar o palco de uma experiência literária que vai envolver escolas, professores, estudantes e comunidade em geral. A iniciativa aponta para a valorização da leitura como instrumento de transformação: da sala de aula para a praça, dos livros para os diálogos, das estantes para as rodas de conversa. O evento acontecerá nos dias 07 e 08 de novembro de 2025, transformando a Praça dos Eventos, a Praça dos Correios e a Biblioteca Municipal em palcos de conhecimento e imaginação.
Um dos nomes que chama atenção nessa empreitada é o do professor Gildeci de Oliveira Leite. Doutor em Difusão do Conhecimento pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e docente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no campus de Seabra, ele tem dedicado sua pesquisa à literatura baiana, cultura, identidade e aos modos de difusão do saber no território. Sua presença em uma feira literária em Seabra ganha dupla relevância: por um lado, traz a credibilidade de quem estuda a literatura regional e seus desdobramentos; por outro, representa para o público local, professores, alunos e leitores a possibilidade de dialogar com quem investiga as raízes culturais e literárias da própria terra.

Durante o evento, o professor Gildeci também apresentará seu livro “A Casa do Mistério”, obra adotada no vestibular 2025 da UNEB e que convida o leitor a percorrer os caminhos simbólicos e poéticos da narrativa baiana contemporânea, reforçando o diálogo entre literatura, identidade e território.

Outro destaque da feira é a participação da professora da UNEB Seabra e coordenadora pedagógica que atuará como expositora do seu livro “Vida em Crônicas: em tempos de pandemia”. A obra reúne reflexões sensíveis sobre o cotidiano, as relações humanas e os desafios vividos durante o isolamento social, oferecendo um olhar humano e literário sobre um período que marcou a história recente. Sua presença na feira reforça o protagonismo feminino na produção literária local e a importância de professores como agentes culturais que transformam experiências em conhecimento compartilhado.
Quando o professor Gildeci participa, não se trata apenas de assinar livros ou participar de uma mesa de autógrafos. Trata-se de incorporar à feira uma dimensão de reflexão: de que a leitura dialoga com a cultura local, com a identidade da Chapada, com a aula e com o cotidiano. Isso amplia a visão da feira não apenas como consumo de livros, mas como formação de leitores críticos, cidadãos literatos, sujeitos de cultura.
E esse movimento já sinaliza algo importante para Seabra: o hábito de levar a literatura além das paredes da escola, para o ambiente urbano e comunitário, e de valorizar o autor-pesquisador como parceiro da cidade. É nesse tipo de iniciativa que se constrói um elo entre ensino, comunidade e cultura.
Esse tipo de evento abre janelas para perspectivas futuras: oficinas de leitura, bate-papos com autores, mesas de debate sobre cultura regional, valorização de autores locais e instâncias de autógrafo. A presença de nomes como Gildeci de Oliveira Leite e da professora-autora de “Vida em Crônicas: em tempos de pandemia” fortalece esses horizontes.
Em síntese: a Feira Literária de Seabra, cujos detalhes exatos ainda esperam mais visibilidade, ganha significado maior quando entendida como parte de uma política de incentivo à leitura, educação e identidade cultural no interior da Bahia. A participação dos professores da UNEB aparece como ponto de conexão entre a universidade, a literatura regional e a comunidade local, oferecendo à feira não só presença de público, mas profundidade de sentido.
*Aluna do curso de Jornalismo da Uneb Seabra. Sob orientação da professora e editora Dayanne Pereira.









